Se o trânsito deixa a cidade travada, por que continuamos andando de carro? E o que fazer para tornar as viagens mais eficientes?
Por Keyty Medeiros
Assim como outros paulistanos, Cristhiane Faria leva em média 2h30 para chegar ao trabalho em São Paulo. Para ir e voltar de Cotia, onde mora, a assessora e relações públicas gasta em média R$20,00 por dia, pois além de pegar carona para sair de seu condomínio, pega um ônibus municipal até a rodovia e ao chegar à estação Butantã pega um ônibus ou vai de metrô até o escritório. E ela não está sozinha nesta saga diária. Segundo a pesquisa Origem Destino de 2012 do Metrô de São Paulo, 65% das oportunidades de trabalho de São Paulo e região se concentram no centro da cidade.
Carro ou transporte público: como escolher?
A engenheira civil e mestre em mobilidade urbana pela Escola de Engenharia Politécnica da USP, Haydeé Svab explica que a demanda por transporte é chamada de “demanda derivada”, ou seja, é consequência de outras demandas. Assim, “as pessoas precisam ir ao trabalho, à escola, ao hospital e em função disso deslocam-se. Logo, um dos principais fatores que influenciam a mobilidade é o uso do solo urbano”, explica.
Haydeé afirma que para entender o comportamento da demanda por transporte é preciso levar em consideração fatores como o valor monetário por deslocamento, segurança no trajeto e até mesmo tempo de trajeto. Neste sentido, “para quem vai de carro, tratam-se dos custos associados a possuir e manter um carro, estacioná-lo e os tempos de viagem tanto dentro do carro, como estacionando o veículo. O custo generalizado de quem se desloca de ônibus, por exemplo, engloba o preço da tarifa, o tempo da viagem em si e os tempos de deslocamento até o ponto e de espera pelo ônibus”, afirma.
Carros demais, espaço de menos
Hoje, já existe um carro para cada duas pessoas e de acordo com Haydeé, em áreas mais densamente povoadas existe um acirramento da disputa por espaço disponível nas ruas. “Isso impacta tanto no setor imobiliário e políticas habitacionais, como na mobilidade urbana. O espaço urbano configura-se como um recurso escasso, e o espaço público, mais escasso ainda”, afirma.
Outro fator relevante nesta conta é o volume de carros e de vias para locomoção destes automóveis na cidade. A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) calcula que entre a década de 1970 e os anos 2000 houve um aumento de 400% no número de carros da frota da cidade, enquanto a malha viária cresceu apenas 21% no mesmo período. Os efeitos são sentidos por todos, dos donos de automóveis aos passageiros de ônibus e ciclistas, com vias cada vez mais congestionadas e um eterno anda e pára nas ruas de São Paulo.
No entanto, a preferência pelo carro ainda prevalece em detrimento dos meios de transporte público e isso se dá por aspectos objetivos e subjetivos, segundo Haydeé. “Entre os objetivos, pode-se elencar que o carro possibilita flexibilidade de rota e de horário e um nível de conforto atraente. Já do ponto de vista subjetivo existe um status associado à posse e ao uso do carro que foi construído no imaginário da sociedade ao longo de décadas”, aponta.
Caronas eficientes
Uma alternativa ao congestionamento constante da cidade é o compartilhamento de viagens. Segundo o pesquisador Eduardo Vasconcellos no livro Mobilidade Urbana e Cidadania citado por Haydeé, o automóvel é o modo de transporte que, em lotação plena, apresenta o maior consumo energético de petróleo, em gramas, por passageiro por quilômetro. Isto é, ainda que compartilhado, o uso do carro continua promovendo uma alta emissão de gases poluentes por viajante, além de ocupar grande parte do solo na cidade, seja andando ou estacionado nas ruas.
No entanto, atualmente a taxa de ocupação dos veículos na cidade é inferior a duas pessoas por viagem. Neste sentido, é melhor que haja um carro cheio nas ruas do que quatro carros subocupados, situação na qual a emissão de gases poluentes por passageiro fica ainda maior. “Se pessoas que iriam de carro deixassem de pôr mais um carro na rua para ir de carona com alguém, isso seria uma alocação mais eficiente e sustentável dos recursos, dentro do modo automóvel”, aposta a Haydeé.
Uma resposta
Eu nunca vejo em qualquer site os exemplos de cidades MENORES que SÃO PAULO e possuem mais ou mesma quantidade de carros e mesmo assim possuem MENOS TRÂNSITO e recorde de trânsito não chega a metade dos DIÁRIOS de SÃO PAULO. É incrível como o GOVERNO nunca tem culpa nisso, o tanto de lombadas, semáforos, radares, falta de retorno, falta de vagas, falta de parâmetros em comércios que possuem mais de 20 metros de frente e não possuem nem 3 vagas na frente para carros de clientes… ESTUDO DE PRINCETON mostrou em 2009 que se todas cidades do mundo tirassem 10% dos semáforos e 10% das lombadas, o trânsito cairia NO MÍNIMO 40% e este estudo tem mais de 78 páginas. SOMENTE 02 motivos SEGUNDO ELES já fazem o trânsito cair 40%, imagina se pudesse usar faixas de ônibus em FERIADOS, somente horários de manhã e a tarde e não o dia todo, se CORREIOS pudessem usar, se CAMINHOES DE CARGA MILIONÁRIOS pudessem usar, se os pontos fossem REMANEJADOS para locais certos e com distâncias entre eles também recalculadas, tempo de abertura e fechamento de semáforos, WAZE ou GOOGLE MAPS obrigatório em todos os carros e informasse tempo de viagem, se tem acidente, alguém precisando de carona… A tecnologia está aí para ajudar, mas só usam a favor das EMPRESAS para colocarem AINDA mais carros nas ruas, deveria aproveitar quem já usa todo dia e não colocar MAIS GENTE PARA TRABALHAR NAS RUAS, se tivessem menos placas de PROIBIDO ESTACIONAR e pessoas dirigiriam menos para achar vagas, ficariam menos tempo na rua… ISSO é só a BASE do problema TRÂNSITO, imagina se começarmos a pensar e falar sobre TOPO DA PIRÂMIDE. Sem contar a SEGURANÇA, quem é o DOENTE que vai ficar em ponto de ônibus EM VÁRIOS HORÁRIOS ou andar por aí carregando NOTEBOOK, TABLET, CELULAR, FONE DE OUVIDO, AGENDAS, RELÓGIOS, ÓCULOS, CARTEIRA… em um ÔNIBUS com risco de ser assaltado MAIS FACILMENTE, PEGAR CHUVA, SER ACUSADO DE ASSÉDIO ao ESBARRAR EM ALGUÉM NO ÔNIBUS… invés de andar de carro (próprio, taxi, UBER, qualquer porra de 04 rodas?!) NA PAZ, SILÊNCIO, CALMA, PAZ, SOSSEGO, TRANQUILIDADE, NA/COM PAZ, SILÊNCIO… Eu só ando de carro porque consigo ter BEM POUCO DE PAZ… Todas pessoas que conheço que pegam ônibus todo dia só andam de ônibus porque é mais rápido,mais de 60% possuem carro em casa, não gostam de andar de ônibus… MAS A MÍDIA como sempre quer TENTAR fazer o carro como o CULPADO, CAUSADOR… de MILHÕES de problemas… PAÍS DE 7º MUNDO é assim mesmo, é igual falar de CARRO ELÉTRICO é FUTURO PORQUE POLUEM MENOS E “SALVARÃO O PLANETA” kkkkkkkkkkkkkk Só IDIOTA que não conhece os bastidores DAS EMPRESAS GIGANTES DO RAMO AUTOMOTIVO para conseguir falar isto, se conhecessem 1% DOS BASTIDORES saberiam que isso não tem nada a ver com SALVAR O PLANETA, AJUDAR A POPULAÇÃO…
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