Até pouco tempo atrás, as mulheres, no contexto global e nacional, não gozavam dos mesmos direitos cidadãos que os homens e, se formos analisar historicamente, o gênero feminino tem tido voz e vez só recentemente. Se hoje a situação tem melhorado do ponto de vista legal, ainda há uma desigualdade social a ser superada.
Nesse sentido, a tecnologia é uma ferramenta importante para o empoderamento feminino, abrindo novos espaços e novas formas de questionar as desigualdades de gênero ainda presentes. Além disso, tem sido uma aliada para a melhoria da mobilidade urbana, assim como de outros aspectos do dia a dia da sociedade atual.
Neste post, vamos falar sobre a relação entre mulher e mobilidade, o impacto disso dentro do espaço urbano e quais os desafios e soluções para que as cidades sejam mais seguras e acolhedoras para as mulheres. Quer saber mais sobre o tema? Acompanhe!
As mulheres no espaço urbano
As mulheres estão vivendo um momento único de conscientização e reivindicação de espaço e lugar de fala. A tecnologia tem contribuído para essa comunicação e conexão de pontos de vista. Dessa forma, os aspectos ligados ao feminino estão sendo transformados e ressignificados.
Um dos problemas enfrentados pelas mulheres na cidade são as diferentes formas de assédio. Assim, um dos desafios reside na devida condenação dessa conduta. Nesse sentido, além das ações do poder público, a conscientização da população é fundamental.
Graças às redes de apoio formadas pela população e à promoção de iniciativas de proteção dos direitos das mulheres, a forma como elas encaram o espaço urbano tem evoluído. Hoje, as mulheres se sentem um pouco mais confiantes e empoderadas, passando a ocupar mais os ambientes urbanos. No entanto, ainda existe um medo latente de se locomover com liberdade.
O temor da violência, à qual a mulher é mais vulnerável devido à existência de crimes graves como o estupro e o assédio, tem consequências seríssimas para a mobilidade. Por exemplo, é comum as mulheres evitarem lugares com pouca iluminação, nos quais haja um grande fluxo de homens, ou mesmo a circulação pelas ruas em determinados horários, o que é prejudicial para a qualidade de vida como um todo.
Assim, parques, pontos de ônibus, ruas com pouco movimento, ônibus, metrô, táxi e aplicativos de transporte ainda representam uma ameaça à integridade e à segurança das mulheres. Inclusive, não são raros os casos de violência contra a mulher relatados diariamente nesses contextos.
A mobilidade das mulheres nas cidades
Diante das circunstâncias que foram descritas, não é difícil afirmar que a mobilidade feminina é diferente da masculina. Um dos motivos que explica essa diferença é que os motivos de deslocamento das mulheres e dos homens de forma geral não são os mesmos. Uma pesquisa realizada pelo Metrô de São Paulo expôs as principais razões pelas quais as mulheres se locomovem: trabalho, educação, compras, assuntos pessoais, saúde e lazer.
Outra informação importante é que as mulheres representam a maioria de usuários de transporte público, mas por outro lado são esquecidas nas políticas de mobilidade. Um dos fatores preponderantes para isso é a falta de representatividade feminina nos cargos responsáveis por pensar e implantar novas estratégias.
Os principais desafios encarados por elas nas cidades
Apesar dos avanços que já foram conquistados pelas mulheres, como o vagão exclusivo no metrô em diversas cidades, os desafios ainda são numerosos; inclusive, alguns homens não respeitam essa exclusividade e ocupam esse lugar reservado a elas. No entanto, esses pequenos progressos são apenas atenuantes de um problema maior.
Como já citamos, a representatividade em cargos estratégicos é pequena. Outro ponto que merece destaque é a dificuldade que as mulheres encontram para se locomover a pé ou, até mesmo, de bicicleta pelas vias nas grandes cidades. A insegurança e a falta de estrutura são um problema grave.
Nos transportes públicos, o assédio continua acontecendo e precisa ser combatido. Para isso, as mulheres têm se apoiado umas nas outras e usado as redes sociais para revelar esses casos que ocorrem cotidianamente, o que permitiu uma maior visibilidade sobre essa realidade. Também há projetos de lei em tramitação para asseverar as punições para esse tipo de violência.
Soluções para melhorar a relação entre mulher e mobilidade urbana
As soluções para melhorar a relação entre as mulheres e a mobilidade urbana e, dessa forma, mudar a forma como elas ocupam os lugares públicos passam por todas as esferas dos poderes públicos. Além disso, é preciso que haja um engajamento, não só das mulheres como também dos homens.
Uma mobilidade mais igual entre os gêneros é mais saudável, segura e sustentável. Entre as alternativas estratégicas, principalmente no longo prazo, é imprescindível que haja mais participação e representatividade feminina em funções chaves, como a secretaria de transportes.
É fundamental a realização de estudos e pesquisas que permitam mapear o panorama da mobilidade para as mulheres e apontar as soluções para os problemas que enfrentam diariamente. Afinal, ninguém melhor que elas próprias para discutir as melhores opções.
As leis que punem com severidade o assédio em locais e transportes públicos também precisam começar a vigorar o quanto antes e devem ser aplicadas com rigor para que a sensação de insegurança e impunidade não deixe as cidadãs intimidadas. Vale reforçar que, hoje, muitas mulheres passam por situações constrangedoras mas acabam não denunciando por acreditarem que nada será feito.
Outra ferramenta que deve ser usada a favor da mobilidade feminina é a inovação tecnológica. Atualmente, já existem aplicativos de caronas compartilhadas que garantem a segurança da mulher para ir e voltar do trabalho. Um exemplo bem-sucedido é o Bynd, onde há um filtro que a usuária pode ativar, que permite caronas somente com mulheres.
A relação entre mulher e mobilidade tem se transformado assim como as demais relações que envolvem o sexo feminino na nossa sociedade. A conscientização e o empoderamento, além da sororidade, têm feito as mulheres buscarem seus espaços e ocupá-los com propriedade e competência. Uma cidade voltada para a equidade de gêneros faz da mobilidade um dos pontos estratégicos para melhorar a vida de mulheres e homens.
Quer saber como melhorar a mobilidade das mulheres por meio de caronas corporativas? Entre em contato com a Bynd e saiba mais!